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quarta-feira, junho 20, 2007 

- RELAX BOYS, YOU ARE IN AMSTERDAM


Por respeito às prostitutas e aos chulos de Amesterdão, não tirei uma fotografia ao Red Light District. Alem do mais, é de bom-tom a qualquer visitante, não fazê-lo. Sendo assim e para ilustrar este post, escolhi a foto de cima, tirada numa loja situada na Praça Dam, a poucos metros do bairro e que diz tudo dele. A pedido então do Miguel Paiva, vou então falar da minha experiência no Red Light District.
Embora o bairro com este nome seja vasto, há algumas ruas e ruelas com maior predominância de vitrines com as tais luzes vermelhas. Percorri o Red Light Distrit a pé e de bicicleta. Várias vezes. De manhã, de tarde e à noite. A agitação do local acentua-se com o decorrer do dia. E o charme do lugar só começa verdadeiramente quando as tais luzinhas das vitrines se acendem com o anoitecer.
Mas mais que o “cheiro do sexo”, é o “cheiro dos coffes shops” que inunda a noite no bairro. É provavelmente o lugar mais cosmopolita de Amesterdão. Faz parte do trajecto turístico da cidade. A língua que mais se ouve no bairro é o inglês. Devo presumir então, que a england tem aqui o seu “cano de esgoto”. Muitas mulheres e muitos homens a percorrerem o bairro. A maior parte dos homens com uma atitude apenas voyarista. Mas impressiona ver homens de 30/40 anos em pequenos ou grandes grupos por ali. As mulheres preferem não entrar nas minúsculas ruelas. São os lugares mais masculinos do bairro. É encantador percorrer em fila indiana as ruelas apertadinhas (algumas com pouco mais de 1 metro) e ver o que nos reserva a próxima vitrine. São os lugares onde há mais contacto verbal entre as prostitutas e os "tímidos" homens.

- Relax boys, you are in Amsterdam!

Fiquei admirado pelo “material” tão novo e teen exposto nas vitrines do “Red Bull”. Não há dúvidas, são muito simpáticas. Para onde olhava, acenavam-me com a mão ou com o olhar… convidando-me…
Foi na rua que circunda as traseiras da igreja mais antiga de Amesterdão, a Oude kerk (é verdade, no Red light District, religião e prostituição combinam-se paredes meias) que vi uma séries de vitrines com um “material” que normalmente só se tem acesso pela internet (gordas, feias, velhas, mamudas, muito celulite…). Também elas muito simpáticas. (Foi muito ternurento ver um “pote de banha” atirar pedaços de pão para uns pombos, com a porta da vitrine aberta e com os pés no mundo… essa não foi simpática comigo).
Caros leitores, haveria muita coisa que dizer sobre o “Red Bull”. A experiência mais interessante que tive no bairro, foi no passado sábado. Não sei, foi tão onírico ver um barco enorme (tipo bote) num dos canais, pejado de gente a beber e a falar como se estivessem numa festa, e ao lado, as vitrines com aquelas luzes vermelhas, os chulos e vendedores de droga e toda aquela massa de gente pelas ruas do bairro e pelas esplanadas.
Só faltava fogo de artifício. Bom, para alguns sempre havia os coffes shops.