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quarta-feira, julho 18, 2007 

VITOR COSTA, AUTOANÁLISE E PSICANÁLISE DO CRONISTA



Há assuntos difíceis de abordar.[pois é, e eu até sei pouco sobre isto, mas desde que vim dos states de vez em quando até leio algumas coisas…]
Um em particular que pela sua grandeza é esmagador. Refiro-me aos pescadores de Vila do Conde. [ena, com esta já convenci mais uns 20 eleitores caxineiros.]
Tragédia e dor. Alegria e festa. Caxinas, Poça da Barca e Vila Chã. Mestres e camaradas. Coragem e luta. Mar e distância. Fé. Muita fé. [eh pá! eu sempre achei que até dava um grande poeta! isto de aceitar escrever estas crónicas até não foi má ideia!]
Admiro-os. Quem alguma vez já se aventurou umas poucas milhas que fosse em mar aberto, sabe do que falo. [pois eu até já fui de barco turístico de Peniche até às Berlengas! E o mar até nem estava nada calminho naquele dia!]
Quem alguma vez partilhou com estas gentes uma conversa que fosse, sabe do que falo.Quem alguma vez entrou em suas casas, sabe do que falo. Quem alguma vez precisou de mão amiga, sabe do que falo. [sim, aquelas duas vezes que o Postiga me convidou para beber um whisky em sua casa. E o Zé até ajudou-me a obter o lugar de 4º vereador!]
Respeito-os. Aquele respeito profundo que se tem por todos aqueles que são verdadeiramente grandes e que nos enchem de orgulho onde quer que estejamos. E aquela certeza que se sente quando com eles se está. A certeza de que com eles temos que lutar. Pelas suas condições de trabalho. Pela sua segurança. Pelo seu bem-estar. A certeza que temos que estar à sua altura. Todos os dias. Na tempestade e na bonança. A certeza de que eles sabem quem com eles está e os não abandona. [bem, espero é o Chefe não me obriga nunca a por este palratório graxista em prática. Já basta o tempo que estou aqui perder a falar sobre esta gente e podia estar assistir à nova e promissora estreia do Royal Court Jerwood Theatre Upstairs, em Londres].
Não gosto daqueles que só aparecem para "a fotografia", para a "oportunidade de ouro", para o "discurso de ocasião" seguido de fuga pela "casa fora". Não gosto da "conversa fiada e de pacotilha" sobre assuntos do mar, sobre a gente do mar, sobre tudo e nada que tenha a ver com mar e pesca.
[espero é que o Chefe não pense que estou a escrever sobre ele]
Não gosto daqueles que confundem a Rua das Violetas com as violetas da rua. Não gosto daqueles que confundem o Largo dos Pescadores com os pescadores do largo. Esses nada entendem. Deixai-os andar...
[esta parte não me saiu muito bem, mas para quem lê estes textos isto chega]
O monumento em honra dos pescadores perecidos no mar foi um gesto. Não um qualquer, mas sinal de reconhecimento da grandeza e bravura dos nossos pescadores. O futuro memorial será também. Erguido por quem sempre com eles esteve nas horas boas e más, especialmente nos momentos difíceis, prestando solidariedade às famílias daqueles que o mar levou. O gesto será simbólico. O dia-a-dia e a relação do presidente e da câmara municipal com a comunidade piscatória é forte de anos.
[sim porque em 33 anos de autarquia socialista não quisemos ajudar a criar alternativas à subsistência da pesca, e assim inevitavelmente os pescadores caxineiros continuarão a morrer no mar aonde as condições de trabalho são más e nós capitalizamos com discursos elogiosos aos pescadores e criticas ao governo nos dias de tragédia, e depois aparecendo nos funerais. E claro, erguendo algumas estátuas o que até ajuda ao turismo local.]
Os pescadores de Vila do Conde sabem-no bem, porque sempre o sentiram.
[a UE não quer saber dos pescadores portugueses para nada, o Governo e o Estado muito menos, só lhes resta mesmo agarrar-se a nós e nós continuaremos a aparentar que nos importamos. Este sistema funciona melhor que o apito dourado! É que não falha mesmo.]


[ena pá! relendo o artigo ainda não foi desta que perdi o hábito de escrever sempre nestas crónicas que há pessoas bota-abaixo, que falam das coisas sem saberem, que se acham detentores de toda a razão. Tenho de perder este maldito vício! Um dia ainda descobrem que afinal me baseio em mim próprio para expressar isto! Bem, da próxima vai ser diferente! Vai ser, vai...]

caustico e assertivo...

hehehehe

MT BOM. Parabéns

Após a leitura deste post, fui assaltado por uma ideia. Daquelas que aparecem embrulhadas num desenho às bolinhas, junto às cabeças dos protagonistas, como nos cartoons de antigamente. E o desenho das bolinhas estava dividido em dois, como redomas. De um lado, sentado junto a uma marquesa, estava o K, que fazia de psicanalista. No outro lado do desenho, estava este Vitor Costa, a entrar no «Royal Court Jerwood Theatre Upstairs, em Londres». Mas sem que lá o esperasse o whiskey do Postiga. Talvez que só um pescador das Caxinas, a aquecer as botas de cano alto. Concluí, então, que o desenho da tal ideia era a imagem apropriada para esta contenda. Do tipo, castigo para o Costa, pela baboseira, e prémio para o K, pela consulta online.

OK K, só porque gostei mesmo desta sua post-análise, concedo que em cima da marquesa podia haver outra Marquesa...

É impressão minha ou aquele que não gosta de conversa fiada sobre os pescadores nada disse de concreto sobre os mesmos?? Nem uma pequena medida,nada!Talvez na inauguração dos monumentos, aquele momento em que se discursa sobre nada, apareça alguém com uma proposta concreta...nãaaa pra mudar....

Inteligente e divertido. Parabéns!

acho que quem não é da Vila talvez não entenda partes do post.
Isso do Royal Court Jerwood Theatre Upstairs, acho que tem a ver com esta crónica
e o Postiga referido parece-me ser o José Postiga, presidente da Junta e tio do famoso futebolista.
acho

ass,
bis-conde

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