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segunda-feira, julho 16, 2007 

SPEAKERS' CORNER

O Antivilacondense feito pelos

leitores: Anabela Ribeiro


«Desde que começou o Festival das Curtas-metragens, só tinha assistido, já há alguns anos, a uma sessão dos filmes premiados. É um género de cinema que não suscita, em especial, a minha curiosidade.

Na sexta-feira fui assistir às 3 sessões da noite. Com toda a minha admiração pela organização deste tipo de eventos, tenho de admitir que me questionei sobre esta questão da "Arte". Não sou nenhuma "iluminada" nesta área. Gosto do que vejo, se o que vejo não me tocar só o olhar…Mas há arte para a qual olho, e nem sequer "vejo". Ou seja, eu não consigo fingir que vejo aquilo que é suposto ver, porque alguém disse que era aquilo que se via. Confuso??! Pronto, pronto, voltemos ao assunto "Curtas"…

Reconheço a minha ignorância… Tive dificuldades em perceber alguns dos filmes que vi...Houve um em especial, finlandês, que se tornou num momento de "tortura"...a música repetitiva estava a dar-me "cabo dos nervos". Gostei das produções nacionais, mais de umas do que de outras, mas, sem dúvida que, para mim, o momento alto da noite, sexta-feira 13, foi o documentário apresentado sobre o "bruxo" Alexandrino. O provérbio "de génio e louco, todos temos um pouco", cai-lhe que nem uma luva...mas de génio e louco, o homem não tem pouco...tem "muito"… O homem pode ser louco, mas também é "genial"… e, acima de tudo, deixou bem disposto quem estava na sala. Fazer rir também é uma "Arte".

Depois, ainda fui à tenda... As cadeiras eram pouco confortáveis, tendo em conta que não se estava numa esplanada, mas numa sessão de cerca de uma hora e trinta. Depois de ver o documentário sobre os Beach Boys, ia "endoidecendo" com o dos Pink Floyd (talvez também porque estava muito cansada e a hora já não ajudava)... umas imagens de 1966 com uma música "alucinante"...Pela primeira vez na minha vida saí de uma sessão antes de ela terminar. Fiquei com pena de ter perdido o documentário dos Led Zeppelin, mas eu já não aguentava nem mais um "acorde"... Talvez o meu problema fosse mesmo manter-me "acordada".

No sábado fui "puxada" para outra sessão do festival... outra vez na tenda. Confesso que "O Estado do Mundo" me suscitava alguma curiosidade. Mais uma vez, gostei mais de uns filmes do que de outros...E mesmo nada do último... Se calhar não percebi nada do que ali se passou, mas a mim aqueles últimos 15 minutos pareceram-me uma sessão de "hipnotismo"... E nem sequer apareceu o Alexandrino no ecrã …»