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terça-feira, maio 23, 2006 

MARGINAL LEÇA DA PALMEIRA

(Arquitecto: Siza Vieira)

Aproveitei uma ida ao Porto e fui a Leça da Palmeira (a primeira vez esta ano) e fui revisitar a maninha da marginal de Vila do Conde, tão polémica como a nossa, não fosse o arquitecto o mesmo, tendo aproveitado para fotografar o corpo principal da marginal (o tempo era escasso e não deu para mais).
Chegar e deparar logo a seguir com uma das situações mais polémicas do projecto de Siza Viera, ou seja, com trabalhos de alcatroamento, foi caso para uma risota interior.
Devo dizer que apesar de gostar do minimalismo de algumas obras de Siza Vieira, sou crítico de outras. E esta marginal e a de Vila do Conde não me convencem de todo. Compreendo as razões das pessoas que olham para estas marginais e achem que é alcatrão a mais, iluminação deficiente e atípica pela inexistência de árvores ou arbustos ou de bancos para “ver o mar”. Para terminar, volto a recordar o artigo de opinião de Manuel Correia Fernandes no JN (até porque quero ir para cama que estou a cair para o lado) e as palavras finais do mesmo: que vantagem haverá em usar apenas argumentos meramente formais ou de simples afirmação de autoridade para fazer valer projectos e obras de interesse público?

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O arranjo paisagistico peca, de facto, pelo "sinzentismo".
A coisa ainda terá solução... daquelas para remediar. Por mim é importar umas dezenas de palmeiras, pôr gaijedo em calçaozinho de bochecha de fora... já ninguém vai reparar na valente cagada que ficou a marginal. Meus amigos a nossa cidade merecia melhor. Ó kafka eu por mim alinho na criação de um movimento contra o cinzento da marginal... é pensar nisso.

muito boa a comparação. as semelhanças do mau gosto são enormes.

Obrigado pelos vossos comentários. tornaram este post excelente com as vossas opiniões.
Um abraço

Não sejas injusto. Esse pavimento fica bem é com manchas de óleo (como já vê na marginal de Vila do Vonde), parece o pavimento de uma oficina de autocarros - é arte! Não vês?

No fundo Siza Vieira aqui pôs em prática aquilo que "advoga":«É preciso não violentar os muros bem fundados, ou o solo que os moldou e que moldaram - por obsessiva ânsia de uma modernidade tantas vezes desintegradora de construções e do seu assentamento, de jardins de praças, jardins de interior de quarteirão, terraços, encostas e perfis. E é preciso não construir desertos vedados, palácios desfigurados; sobretudo não construir mais do que o necessário....»
(cf aqui)

o artigo do Noticias é dautoria de Manuel Correia Fernandes. Jose Carmo é o fotografo. Aparece este erro por vezes na edicao on line(por favor apague o comenbtario de pois de corrigir- se assim o entender.

Para quem viveu em Leça toda a vida, esta marginal é uma verdadeira decepção...sabia-se há muito que havia projecto e esperava-se ardentemente para que este fosse concretizado. A marginal estava feia, esburacada e mal aproveitada. Mas o certo é que, passadas as obras que supostamente iriam trazer qualidade e melhorias, a Marginal não lucrou nada c elas. Falta de árvores, falta de bancos para as pessoas se recostarem a ver o mar (principalmente os idosos que tanto gostavam de o fazer durante a tarde), falta de estacionamento adequado às reais necessidades principalmente ao fds, falta de iluminação, etc etc etc.... Constou-me que até um movimento se está a formar entre as gentes de Leça contra a nova marginal...eu apoio totalmente! Mas, por um lado tenho que agradecer ao Siza, que me deu tema para a minha tese de mestrado...

A marginal de Leça seguiu as pisadas da Av dos Aliados, no Porto.
Ambas estiveram esventradas durante meses a fio e, quando finalmente surgiu a obra, deu-se conta que ali estavam mais 2 atentados sizarianos à beleza, ao conforto, ao ambiente. Dois antênticos escarros com que esse tal de SV, mais quem aprovou, autorizou e financiou, presenteou as respectivas povoações.
A actual demência arquitectonica do grande Siza é evidente.
No mesmo erro não embarcaram os espanhois, que correram com o projecto dele de assassinar centenas de árvores numa avenida de uma grande cidade em devido tempo.

s algum d voces percebesse minimamente de arquitectura, se algum d voces percebesse alguma coisa do que é viver, e sentir o espaço, saberiam certamente que o que estao a dizer qd dizem mal desta obra, é uma estupidez pegada...
talvez s antes d criticarem pensassem um pouco naquilo que estao a dizer, talvez n chegassem a este ponto d ignorancia....
em relaçao ao alcatrao, pensem bem nas difrenças, entre este e outro tipo d materiais, s pensarem que a difrença apenas está na facilidade de mobilidade, e no aspecto do mesmo, estao redondamente enganados. tudo foi pensado, e tudo tem uma razao de ser na arquitectura de qualidade, ha é mta gente que n consiga apreciar, ou sentir a difrnça, isso é k é, n saber viver, pode-s mt bem apreciar umas loiras, enquanto bebemos a nossa mm, mas n poderiamos tao confortavelmente engatar uma das loiras k passam com o barulho dos automoveis do paralelo. talvez hajam mais razoes, mas deixo-vos pensar...
abraço

Caro Adriano,
passei por este blog por mero acaso, e não posso deixar de responder ao teu comentário.
idependentemente da formação que tenho em arquitectura e arquitectura paisagista, de fazer vénias a algumas das obras arquitectónicas do mestre Alvaro Siza Vieira, e mesmo achando que o Senhor é como o Vinho do Porto, que quanto mais velho melhor,das inspirações quase divinas que constituem a sua obra, não posso deixar de referir que um dos grandes males dos arquitectos em geral é que se esquecem que trabalham para as pessoas, sobretudo quando falamos de espaço público!A tua postura irritada e a forma como te insurges contra a "estupidez pegada" do que aqui é dito é só por si arrogante! Todas as opiniões são importantes e interessa respeitá-las ou debatê-las com sentido e propriedade! O gosto educa-se, é bem verdade e inflelizmente a cultura e a educação do gosto não está nem faz parte da nossa sociedade, basta que olhemos atentamente e com espírito crítico para a paisagem do nosso país! No entanto, não posso de concordar com a generalidade do que aqui é dito! Espaço, escala,limpo,claro, subtil, delicado, matéria...tudo conceitos da maior relevância e importância na qualidade de um projecto mas nunca descurando, VIVÊNCIA, AMBIENTE E HUMANIZAÇÃO DO ESPAÇO! Não posso de deixar de manifestar a minha opinão, no que concerne à obra do Arq. Álvaro Siza Vieira - se é sublime a fazer arquitectura o mesmo não posso achar a fazer espaço público, com todo o respeito e humildade (se é que me é permitido). Antes de tudo o arquitecto tem a responsabilidade, ao fazer espaço público, de ter em si a consciência do que o faz para as pessoas que o habitam. deixo uma frase de um especilista sobre o tema, Prof. Doutor Fernando Brandão Alves: " mais do que reunir todos os requisitos qualitativos para a sua espacialidade ou de que conseguir as "coisas" físicas que se desejam, criar espaço público é assimilar o mistério que envolve os seus múltiplos propósitos sociais, através de um desenho que caminhe ao encontro de objectivos públicos e de comunidades a (re)criar."
Penso que a qualidade, e a criação de uma consciência de responsabilização e importãncia dos nossos espaços públicos, passa sobretudo e essencialmente por se tornarem processos mais participativos e abertos às populações que futuramente irão tirar partido deles e consequentemente respeitá-los.

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