Kafka - O Antivilacondense

Fizesse a FIFA uma Operação Puerto (que arrumou com os principais candidatos no Tour de France) à selecção francesa de futebol (nomeadamente à brigada do reumático onde se inclui Zidane) e estou convicto que Portugal já estaria na final, pela secretaria. Adiante.
A política e o futebol têm cá destas coisas. O timing da demissão de Freitas do Amaral não podia ser mais preciso. Socrates está de parabéns. O povo anda entretido com a selecção e não há ondas pelo ar. Compreende-se a razão da mensagem de Cavaco (o novo amigo politico de Sócrates) à selecção depois do jogo contra a Inglaterra, “Um abraço para todos… e dois ao Ricardo”.
Este é o pior campeonato do mundo de todos os que vi. A qualidade dos jogos é no mínimo confrangedora. O Brasil então! Que grande desilusão! O Brasil como sabemos, há muito que é uma selecção europeia, tanto são os jogadores que actuam no velho continente. O que se passou com o Brasil foi o que se passou e se passa com as outras selecções europeias. Os jogadores chegam ao campeonato do mundo fisicamente desgastados pelas diversas competições da época e não há forças senão para o futebol pragmático e de contenção.
Portugal, o país, está diferente, muito diferente este verão… para já. Até a crónica desportiva está diferente. Miguel Esteves Cardoso que não é um jornalista desportivo, escreve actualmente para o jornal O Jogo, as melhores crónicas do Mundial em Portugal. Miguel Sousa Tavares, por seu lado, e desde que começou o Mundial, à progressão das vitórias de Portugal, foi-se tornando num menino de coro, tendo as suas crónicas desportivas se tornado absolutamente irreconhecíveis e nada “Miguelianas”.
Até os incendiários e os incêndios não querem nada connosco este verão... para já.


DUPONK, escreve neste blog ao domingo... de vez em quando.