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quarta-feira, novembro 02, 2005 

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Decorreu entre 15 de Set. e 30 de Out., a 4ª Edição da “Experimenta Design Bienal de Lisboa”, Bienal que na anterior Edição teve a presença de 133 mil visitantes, tendo estado acreditados 376 jornalistas, 128 dos quais estrangeiros. A Edição deste ano pretendeu reflectir, sobre o que “está entre quem produz e quem consome”.
A “Experimenta 2005” apresentou 5 grandes exposições em diversos pontos da cidade, uma das quais no CCB, denominada de Catalysts, que pretendeu ser uma reflexão sobre o design gráfico e de comunicação “como motores do nosso imaginário visual”.
Este post não tem a pretensão de interpretar ou resumir (ou algo parecido) sobre a Catalyst. A exposição do CCB era bem mais vasta e os pontos de interesse que escolhi para este post não necessariamente os mais interessantes.

A - Em media, todos os dias são lançadas aos habitantes das cidades contemporâneas 3000 mensagens públicas. Anúncios, painéis de sinalização, avisos de obrigações e proibições, orientações, comunicações institucionais e públicas têm uma única intenção: levar-nos a acreditar no que dizem. (Ed Annink)

B - Ilustração que representa o chefe de estado norte - americano, pós – 11 de Setembro, como fazendo parte do grupo dos “homens sem lábio”. Uma alusão que ridiculariza a frase utilizada e eternizada pelo seu pai, “leiam os meus lábios”, para dar significado a uma promessa de não aumentar os impostos que acabou por não cumprir. Desde então, a classe politica prefere o silêncio, mantendo os lábios cerrados, em vez de articular promessas que depois não podem ser cumpridas. Robbie Conal, “Hail to the Thief”, EUA, 2001 (Texto transcrito)

C – A imagem faz parte de uma campanha para impedir a reeleição de Bush a um segundo mandato. Manipulando a palavra “Apocalipse”, para que se confunda com lips (lábios), o autor volta a estabelecer uma ligação com a famosa frase do pai de George W. Bush, “leiam os meus lábios”, sugerindo que a família Bush é responsável por levar o apocalipse ao Iraque. Robbie Conal, “Read My Apocalips” EUA, 2004 (Texto transcrito)

D, Fig. 1 – Cartaz desenhado para uma exposição da AIGA sobre o impacto dos aspectos sociais no design gráfico onde os mass media são acusados de “combinar o poder de promover uma mínima interacção intelectual e o máximo consumo”. Ideia representada através de um ícone – Rato Mickey – assumindo aqui a forma de um grosseiro ecrã que promove, como “traficante de vícios”, o consumo imediato e a paralesia intelectual. Eric Adigard/M-A-D, “Pusher friendly” EUA, 1992 (Texto transcrito)
D, Fig. 2 – Cartaz para um evento teatral em Amesterdão. A discussão sobre o envolvimento com ideais revolucionários ou consumistas é claramente sintetizada na fusão de dois ícones opostos: Che Guevara e rato Mickey. Hans Meiboom, “Idealen?!” Holanda, 2005 (Texto transcrito)
D, Fig. 3 – Beneficiando do seu reconhecimento universal, esta aparente combinação dos ícones sumariza uma história complexa. Bin Laden é visto por alguns como o novo Che Guevara. Mas porque razão “Bin Che” tem o símbolo da Nike na sua boina? Será que a sua revolução é patrocinada pelo capitalismo americano? Esta peça é um ensaio visual que permite variadas interpretações. DHZ23 (Jasper Van der Made), “Collateral Image” Holanda, 2003 (Texto transcrito)

E - A campanha do popular iPOD da Apple tornou-se um ícone, do dia para a noite, através da imagem de uma silhueta e do uso da cor branca – recursos mínimos para o máximo efeito. O aspecto sedutor desta abordagem foi rapidamente adaptado a conteúdos menos simpáticos, em variações sarcásticas dos “miúdos ligados” apresentados na campanha original. Apple Inc, Campanha iPOD, EUA 2004 (Texto transcrito)