Salão de BD do Porto: DE VOLTA
Pois é, o SALÃO DE BD DO PORTO, está de volta. Para assinalar os 20 anos da realização do I Salão de Banda Desenhada e do Fanzine vai decorrer a partir de 5 de Novembro, o XII Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto com a particularidade de esta edição ser… VIRTUAL, e poderão visitá-lo em www.sibdp.com. Mais informações aqui.
Não resisto a transpor para este post, um divertidíssimo extracto do extenso artigo que Pedro Cleto (Um dos organizadores do SIBDP) escreveu para o BDJORNAL, sobre alguns dos fait-divers ocorridos durante as 11 Edições do SIBDP.
Não resisto a transpor para este post, um divertidíssimo extracto do extenso artigo que Pedro Cleto (Um dos organizadores do SIBDP) escreveu para o BDJORNAL, sobre alguns dos fait-divers ocorridos durante as 11 Edições do SIBDP.
“ Em 11 edições vi acumularem-se inúmeras situações anedóticas ou divertidas: conheci muito da espantosa “fauna” inacreditável que habita o pequeno mundo da banda desenhada; vi Bézian a vandalizar património português; lavei painéis camarários com Ajax e esfregão Scotch Britch durante horas a fio para os tornar decentes para neles expor pranchas; passei outras tantas deitadas em chão de pedra, gelado, a passar tinta, a pintar enormes cenários retirados de obras de alguns dos meus autores favoritos com o Tintin de Hergé à cabeça, na china, na lua ou no Tibet,…; colaborei na recuperação de paredes de património camarário, afectadas pelas montagens; vi instalações camarárias entregues “chave na mão” o que permitiu pernoitar nelas para adiantar trabalho; tirei Fernando Bento da cama às onze da noite; vi um eléctrico passear-se pela cidade decorado (por nós) com heróis dos quadradinhos; fiz quilómetros e quilómetros para comprar material; pasmei perante um Marsupilami gigante com mais de 4 metros de altura; vi montagens muito atrasadas prontas em cima da hora pelo esforço e dedicação de organizadores, amigos e amigos de amigos que nas últimas horas sempre surgiam para pôr de pé o que parecia irremediavelmente no chão; recebi um original de Trigo em troca da não realização de uma entrevista (gravada) para a rádio; passeei centenas de álbuns num minúsculo Fiat 127; carreguei às costas barracas da Feira do Livro; esvaziei-as à pressa quando a chuva caiu inclemente e revelou que metiam água por todos os lados; vi patrocinadores a quererem armar-se em donos do Salão; vi dois autores exigirem viagens de luxo e hotéis de 5 estrelas para participarem no salão – o que levou a optar entre trazê-los a eles ou concretizar tudo o mais que estava programado; vi a Câmara do Porto a reduzir a metade da duração prevista um salão devido a um problema de sobreposições de datas – e ainda bem porque a exposição principal ameaçava ruína por todos os lados!; vi jornalistas a baterem à porta em busca de informação, já os salões tinham encerrado; vi Vasco Granja a autografar álbuns de Lucky Luke; ouvi Trondheim a desdenhar o “verde horroroso” do coleção Quadradinho; vi editores a tentarem tirar dividendos da vinda de autores que não tinham convidado nem pago; vi serem reclamadas “patentes” de algumas das ideias postas em prática (e nunca antes executadas); assisti ao nascimento de cópias (mal tiradas) daquilo que no Porto se fazia; ouvi dizer que o sucesso se devia ao facto de o Mercado Ferreira Borges ficar no caminho dos jovens que se dirigiam à Ribeira…”
Só até domingo
. Últimos dias para o FIBDA 05. O que havia a dizer sobre o festival já foi dito e podem beber em vários tragos aqui, aqui, aqui e n´O Vilacondense.
. Muito calor no recinto e muita gente a recolher os seus casacos.
. Este ano as exposições foram tratadas duma forma exemplar, sendo a reacção de Cameron Stewart a que mais define a maneira como são representadas as diferentes exposições: “A primeira vez que a minha arte é tratada como arte”. (Central Comics).
. Este ano as exposições foram tratadas duma forma exemplar, sendo a reacção de Cameron Stewart a que mais define a maneira como são representadas as diferentes exposições: “A primeira vez que a minha arte é tratada como arte”. (Central Comics).
3. Muita gente adulta a pedir autógrafos. Há muito que a BD deixou de ser referenciada como uma coisa de crianças...