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quarta-feira, março 21, 2007 

UM ANTIVILACONDENSE EM MADRID (1)

Cheguei hoje ao “umbigo” do mundo. É sempre bom regressar a casa depois de uma jornada lá fora. Tive sorte com o tempo em Madrid e tal como aqui, o tempo esfriou e bem, desde segunda.
O tempo esteve tão bom e primaveril que aproveitei a tarde do passado sábado e fui à Casa del Campo, uma antiga coutada real a oeste de Madrid (inclui o zoo de Madrid e um parque de diversões) que se estende por 17 Km2, relaxar passear e dormir.
E é claro, para andar no teleférico de Madrid, uma das ligações da cidade a esta zona de recreio e que tal como todas as coutadas, também é uma zona de coito e de alguma prostituição.

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No final dessa tarde solarenga “regressei” a Madrid e passei mais uma vez pela Puerta del Sol e a Plaza Mayor, em direcção ao “meu” Hostal (Decidi pela 1ª vez numa viagem, ficar instalado num Hostal. Madrid está repleta de Hostais. Em alguns edifícios mais do que um. Só num edifício ao acaso perto da Puerta del Sol, contei 7).
Pela televisão do quarto soube que no Paseo del Prado estava a decorrer uma manifestação (400 mil pessoas) contra a guerra no Iraque, agora que passam 4 anos do início da “cruzada” americana (Um protesto organizado pelo Forum Social de Madrid e apoiado pela Esquerda Unida, pelo PSOE e pelas centrais sindicais Comissiones Obreras e UGT).
Estava tão cansado que preferi ficar deitado na cama e seguir a manifestação pela televisão que decorria a apenas 300 m do “meu” hostal.
Só depois de um banho e de ver a mulher do José Saramago iniciar a leitura da declaração que o escritor português enviou para a manifestação é que decidi descer os 300 m que me separavam da manifestação. Ainda deu tempo para algumas fotografias e de colher algum ambiente já que a manifestação terminara pouco antes.

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Manifestantes

Manifestantes comunistas com slogans anti-americanos e anti-monárquicos.

Manifestantes

Uma manifestante sem roupas perante a câmara de uma televisão

Manifestantes com slogans anti-TeleMadrid:
“TELEMADRID MANIPULACIÓN”.