Uma… não escola
Em SERRALVES até 29 Jan 2006
(Anschool II - Thomas Hirschhorn)
Em SERRALVES até 29 Jan 2006
(Anschool II - Thomas Hirschhorn)
A forma da exposição de “Anschool II” obedece à forma de diferentes salas de aula numa escola, num liceu ou numa universidade: a mesma cor, o mesmo mobiliário, a mesma iluminação. (…) Anschool é um termo criado por Hirschhorn para designar uma não escola, que rejeita os princípios de transmissão e formatação do pensamento, na perspectiva de interrogar as possibilidades de acessibilidade democrática ao conhecimento e à experiência. (Texto transcrito)
O percurso expositivo em Anschol II confronta o espectador com uma situação confusa e caótica, em que este se vê impossibilitado de assimilar todas as informações numa só leitura: a sobreposição de signos, logótipos, publicidade, textos do artista, de filósofos e poetas, ao lado de factos dramáticos, como a tortura e a guerra. Para o artista é importante mobilizar a público em torno de memórias colectivas, para lutar contra formas de opressão e alienação. A arte é para Hirschhorn uma máquina de guerra. (Texto transcrito)
"O que eu quero com "Anschool" é responder à pergunta: "O que é que eu quero? Qual é a minha posição?" - Hirschhorn (Texto transcrito)
"Durante a minha exposição “Três grand Buffet” em Friburgo, alguém reparou que as obras das séries “Vírus”, “Merci, Danke, Thank You” e “Les Larmes” tinham sido feitas com caneta esferográfica BIC sendo a empresa BIC uma das patrocinadoras do político francês de direita Le Pen. Uma publicação oficial sobre o financiamento dos partidos políticos divulgou o facto. É nojento apoiar o Le Pen. Mas também é nojento colocar esse tipo de questões.
(…) Consciência a mais mata a arte e consciência a mais consome toda a energia vital, impedindo que haja revolta. O que essas pessoas excessivamente conscienciosas esquecem é que eu travo uma batalha, estou empenhado num combate cuja vitória é incerta mas que seguramente não alcançarei escondendo-me por detrás de um compromisso político formalizado, verificável, que é conformista e nos faz sentir seguros." – Hirschhorn (Texto transcrito)
(…) Consciência a mais mata a arte e consciência a mais consome toda a energia vital, impedindo que haja revolta. O que essas pessoas excessivamente conscienciosas esquecem é que eu travo uma batalha, estou empenhado num combate cuja vitória é incerta mas que seguramente não alcançarei escondendo-me por detrás de um compromisso político formalizado, verificável, que é conformista e nos faz sentir seguros." – Hirschhorn (Texto transcrito)